quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Cão terapeuta morre aos 19 anos nos Estados Unidos




 Durante anos, animal confortou centenas de pacientes em estado terminal.

Mesmo sem conseguir movimentar as patas, e sem grande parte do pelo farto e macio, Baxter ia, acomodado em um carrinho puxado por sua ‘mãe’ Melissa Joseph, visitar pacientes em estado terminal no San Diego Hospice (casa de repouso San Diego), nos Estados Unidos.

O cão, mistura de Chow Chow e Golden Retriever, dedicou quase oito anos de sua vida confortando e trazendo alegria a familiares e pacientes. Deitado junto ao enfermo, Baxter apenas encostava sua cabeça, lambia as lágrimas que escorriam pelo rosto amargurado, ou apenas abraçava pessoas que não conseguiam se expressar com palavras. Segundo Melissa, era assim ele que “aquecia o coração e a alma daqueles que fariam a transição”.

De acordo com reportagem da “ABC News”, a velhice pôs fim às atividades de Baxter, que faleceu em outubro, aos 19 anos e meio. Cerca de cem pessoas, entre familiares, amigos e funcionários prestaram uma homenagem ao cão, que conquistou milhares de pessoas com seu amor e dedicação. Um vídeo no YouTube, com homenagens ao animal, já teve mais de 376 mil acessos.

Baxter foi adotado pelo casal Melissa e Dennis Bussey, quando tinha quase dois anos. Ela se apaixonou pelo bichinho assim que o viu. Sorte de Baxter, pois em poucos dias, quando completaria dois anos, ele seria levado para a eutanásia.

Já integrado à família, Baxter acompanhava o casal para todos os lados. Inclusive, ao San Diego Hospice, onde Melissa e Dennis começaram a atuar como voluntários. Uma vez, uma das funcionárias conheceu o cãozinho e disse que ele tinha um grande potencial para ser um cão-terapeuta. Após aproximadamente quatros anos, Baxter virou um “profissional” certificado.

Melissa batia de porta em porta da casa de repouso perguntando se o paciente gostaria de conhecer Baxter. Eles entravam e o ambiente se transformava. Ainda segundo a “ABCNews”, uma conselheira espiritual do San Diego Hospice declarou que muitos pacientes que se recusavam a compartilhar histórias com os funcionários do local, começavam a falar tranquilamente quando o cãozinho entrava no quarto. Ela acredita que quando alguns enfermos ficaram sabendo que Baxter também estava muito debilitado, a preocupação foi tanta que, de alguma maneira, esqueceram sua própria dor por alguns instantes.

Mesmo com a artrite que lhe inutilizou as patas, Baxter seguia trabalhando com Melissa, instalado em um confortável carrinho vermelho, e com várias correntinhas penduradas em seu pescoço, com dizeres como “Eu sou um cão terapeuta”, “Meu trabalho é confortar e servir”, além dos mimos que ganhava de pessoas agradecidas por seu serviço. Melissa batia nas portas dos quartos e, após autorização, entrava com o cão-terapeuta mais velho do mundo em atividade nos Estados Unidos, e acomodava o bichinho de cerca de 13 kg, na cama do paciente. Eles então compartilhavam um tranquilo momento que poderia durar horas, apenas com os braços ao redor do pescoço de Baxter, ou acariciando com os dedos retorcidos o pouco pelo macio que lhe restara.
Melissa reuniu fotos tiradas por seu marido, e escreveu várias histórias vividas por ela, Baxter e alguns pacientes, no livro “Moments with Baxter” (Momentos com Baxter). O sucesso da obra é tanto que já ganhou o prêmio “Melhor Livro Nacional de 2009”, na categoria animais/pets. Além disso, um cachorrinho de pelúcia vestido com um colete também está à venda. A verba arrecadada com o livro será encaminhada para abrigos e casa de repouso de animais, e a do bichinho será doada para a SPCA (Society for the Prevention of Cruelty to Animals).
Veja o vídeo em homenagem ao Baxter


Fonte: UOL Bichos

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Cão resgatado no Furacão Katrina ajuda pacientes


O golden Retriever, Rikki, resgatado durante o furacão Katrina, agora ajuda doentes vítimas de AVC através da pet terapia do Grupo Delta Society. Belo exemplo!

sábado, 10 de outubro de 2009

Hospital adota visita de cães ‘terapeutas’

O Hospital e Maternidade Celso Pierro, da PUC-Campinas (SP), em parceria com a Art & Nic (centro de treinamento e formação de cães terapeutas) implantou o projeto Medicão na Enfermaria Pediátrica. A cada quinze dias, às quarta-feiras, das 15h às 16h30, as crianças internadas vão receber a visita de Mel e suas filhas Brenda e Hanna e do primo Oliver, todos da raça golden retriever. A atividade faz parte do Projeto de Humanização do Hospital.
O objetivo do encontro do animal com a criança ou adulto internado é o de promover o bem-estar, melhorar a capacidade motora e auto-estima, diminuir a ansiedade e a quantidade de medicamentos, além de diminuir as tensões da equipe de trabalho, como explica a infectologista da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar, Maria Fernanda Scudeler. Segundo ela, para garantir o sucesso do Medicão, os animais são cadastrados, possuem certificados de vacinas e vermifugação, renovados mensalmente. Há procedimentos realizados antes da visita e no dia e pós-visita dos cães, de forma a garantir a saúde das crianças, acompanhantes e profissionais.
Em Jundiaí, também no interior de São Paulo, a entidade assistencial Amarati se uniu ao Centro de Zoonoses da cidade para adotar, desde maio último, a ‘cão-terapia’ para crianças com problemas neurológicos. Elas realizam diversas atividades na companhia de cães. Por enquanto, seis crianças participam do projeto experimental, que deve durar seis meses, com animais que foram encontrados abandonados. “Percebemos uma motivação maior para o movimento, na fisioterapia, motivação para o aprendizado pedagógico, e na parte emocional, o vínculo e a possibilidade de manter contato com o animal”, conta Margarete Murari, diretora técnica da Amarati.

Fontes: PUC-Campinas e portal G1

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Fique por dentro - Quando e onde a Pet Terapia surgiu?

Foto: Asilo Legião do Bem
Tudo começou dentro de um asilo psiquiátrico


A Terapia Assistida com Animais (TAA) surgiu em 1792, na Inglaterra, quando Willian Tuke indicou o uso de animais domésticos no tratamento de doentes mentais de um asilo psiquiátrico em Londres. É sabido que esta terapia começou a ser aplicada após a morte de uma paciente deste asilo, quando o tratamento feito até então foi questionado. A partir daí, foram utilizados tratamentos alternativos e a terapia se espalhou pelo mundo.A relação entre o homem e os animais remonta a tempos antigos. A domesticação de animais começou na Ásia, há cerca de cinco mil anos, quando os mesmos serviam aos homens como fonte de alimentos ou trabalho. Com o passar dos anos, a relação entre os homens e os cães foi se estreitando de modo que foram construindo vínculos afetivos muito fortes e duradouros. Tais relações são reflexos da modernização das cidades e da individualização cada vez maior da cultura na sociedade ocidental. Isto porque a sociedade moderna tem como características marcantes a solidão e o isolamento. Os animais domésticos, de alguma forma, contribuem diretamente para minimizar e harmonizar esses sentimentos.

TERAPIA ASSISTIDA POR ANIMAIS (TAA):o cão como dispositivo terapêutico na clínica fonoaudiológica

Fga. Ms. Camila Mantovani Domingues


"Percebi que os remédios nem sempre vinham em frascos, mas também em quatro patas".(Dr. Willian Thomas, 1994)

Ao compartilhar nossas rotinas com os animais, estes passaram a fazer parte de nossa cultura ao ocupar diferentes papéis, para além da companhia. Atualmente, devido aos benefícios não restritos ao senso comum, mas também elencados a partir de pesquisas científicas, eles habitam consultórios, hospitais, escolas e instituições diversa. Desses estudos originaram-se duas formas de denominar procedimentos que envolvem animais com o objetivo de cuidar da saúde humana: atividade assistida por animais (AAA) e terapia assistida por animais (TAA) (DELTA SOCIETY, 2006). O termo Terapia Assistida por Animais, do inglês Animal Assisted Therapy (AAT), atualmente considerado oficial, foi proposto pela organização americana Delta Society (www.deltasociety.com) entidade referência para a implantação de programas de Atividade Assistida por Animais (AAA) e Terapia Assistida por Animais. A TAA é dirigida para promover a saúde física, social, emocional e/ou funções cognitivas através de processo terapêutico formal, com procedimentos e metodologia, amplamente documentado, planejado, tabulado, medido, e com seus resultados avaliados, podendo ser desenvolvido em grupo ou de forma individual (Delta Society, 1996).A hipótese do cão funcionar como um dispositivo terapêutico e potencializar o processo também foi confirmada em pesquisa realizada por nós no Programa de Pós-Graduação em Fonoaudiologia da PUC-SP, no período de fevereiro de 2006 a agosto de 2007. Nos casos acompanhados, a partir da motivação para o contato com o animal, notamos significativa participação dos pacientes na terapia, corroborando os achados de pesquisas e relatos sobre os efeitos positivos do envolvimento de cães em ambiente terapêuticos diversos (KAWAKAMI, 2002; LEWIS, 2003; BECKER, 2003; DOTTI, 2005; MACAULEY, 2006; OBIHACC, 2006). Nos casos estudados, a presença do cão, no setting fonoaudiológico, favoreceu:
" a interação terapeuta/paciente;" intensificou a atividade dialógica entre o par;" a gestualidade e a movimentação corporal comunicativamente eficientes (LaFRANCE e outros, 2007);" a motivação para as atividades de leitura e escrita por parte dos pacientes;" a diminuição dos sintomas manifestos na linguagem oral e/ou gráfica, e" a mobilização da afetividade positiva dos pacientes.
Além dos benefícios descritos, outros já apontados cientificamente comprovam que quando crianças e animais estão juntos, seja em uma terapia, na sala de aula ou em outras atividades:
o Cria-se um ambiente motivador para as crianças interação.o Proporciona-se atividades interessantes, espontâneas, facilitando a aprendizagem e a comunicação.o Facilita-se o desenvolvimento emocional através do vínculo formado entre a criança e cão no qual muitos sentimentos são trocados, auxiliando na superação de conflitos e em uma maior consciência de si mesmo.o Encoraja o respeito por todas as formas de vida, desenvolvendo senso de responsabilidade e de cuidado consigo e com o outro.o Facilita a comunicação, favorecendo processos interativos entre criança e cão e/ou com os outros próximos a eles.o Favorece a expressividade, em diversas formas, já que o animal não julga nem tem preconceito.
E foi o psicólogo infantil norte-americano Boris M. Levinson que, na década de 60, trouxe para a ciência e a prática a riqueza do potencial terapêutico das relações entre crianças e animais. Em seu trabalho ele percebeu que a natureza do vínculo entre pessoas e animais era de uma qualidade diferenciada. Contudo, essa experiência vivenciada por ele significou uma nova visão para a abordagem terapêutica, baseada na relação do homem com o animal.
Era o fim dos anos 50, em Nova York. Havia um mês o psicólogo infantil americano Boris Levinson tentava estabelecer contato com o seu mais novo paciente, um menino de quase 10 anos com sérios problemas de socialização. Certo dia, o pequeno paciente chegou antes da hora marcada para a consulta e, na sala de espera, encontrou "Jingles", o cão labrador do doutor Levinson. Ao abrir a porta de seu consultório, qual não foi a surpresa do psicólogo: abraçado ao cachorro, o menino discorria sobre suas angústias e aflições. A experiência motivou Levinson a usar o "doutor" Jingles no tratamento de autismo. Ele descobriu que o animal propiciava às crianças a oportunidade de expressar suas emoções. Os resultados dos estudos de Levinson foram divulgados em 1962, num artigo intitulado "The dog as a 'co-therapist'" ("O cachorro como um 'co-terapeuta'"). Na ocasião, o psicólogo foi motivo de chacota entre os colegas. Hoje, passadas mais de quatro décadas, as teorias de Levinson são levadas muito a sério. Está comprovado que a convivência com animais faz bem à saúde física e mental dos seres humanos de qualquer idade. (FUCKS, 1989)
As experiências com animais em ambientes terapêuticos, nos moldes da TAA, ao longo destes anos, têm mostrado que este dispositivo é potencializador para os processos em que os envolvidos apresentam motivação para estar com o animal. Crianças que apresentam recusas ao tratamento, mediante a presença de um cão no setting, esboçam entusiasmo, ressignificação do processo e interação ativa. Finalizo, ressaltando que as pesquisas atestam a eficácia da TAA em ambientes terapêuticos, bem como a gradativa mobilização de pesquisadores em direção ao tema.

Contato:camiladomingues_taa@ig.com.br

Fonte: Portal Fonoaudiálogo

domingo, 6 de setembro de 2009

Avaliação de uma terapia assistida por animais de companhia (TAAC) em idosos na Espanha

"Parc Serentill" é um lar situado em Badalona (Catalunha, Espanha) e gerido pela Fundação Vallparadís, entidade pertencente ao Grupo Mútua de Terrassa. Neste lar residem 56 idosos e outros 25 utilizam-no como centro de dia. Existem 40 funcionários no lar. Desde Setembro de 1997, no seguimento de um protocolo com a Fundación Purina, vivem também neste lar dois cães da raça Golden Retriever. Durante estes três anos, verificou-se que a presença dos animais no lar e a sua relação com os idosos estimulou e modificou diferentes aspectos afectivos, comunicativos e inclusivamente, em alguns casos, cognitivos. Portanto, de um ponto de vista subjectivo, foi possível comprovar o potencial terapêutico da interacção entre idosos e animais.A novidade deste estudo é, entre outras, a metodologia, já que para validar cientificamente as hipóteses, procurámos que fossem os próprios beneficiários da terapia assistida por animais de companhia (TAAC) os reais protagonistas da avaliação e não meros objectos de estudo passivos.Partindo de uma instrução simples, foi pedido aos idosos e ao funcionários do lar que expressassem livremente a sua opinião (em termos de benefícios e inconvenientes) relativamente à presença dos animais no lar. Todos este material testemunhal, obtidos a partir de pessoas directamente implicadas na TAAC, foi gravado, transcrito, analisado e comparado, passando a constituir a base do nosso estudo qualitativo.Os resultados obtidos confirmam, verificam e ampliam as conclusões apresentadas em congressos e em comunicações científicas anteriores, centradas basicamente nos benefícios físicos, psicológicos e sociais que as TAAC trazem às diferentes populações.

Fonte:Psicologia.com.pt

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Terapia com cães ajudando crianças com lesões neurológicas em Jundiaí

Terapia com boto ajuda crianças com necessidades especiais em Manaus


Liège Albuquerque

São Paulo - A delicadeza das crianças ao entrar na água é logo quebrada pela algazarra dos brincalhões botos cor-de-rosa ou vermelho (Inia geoffrensis). O primeiro contato é de espanto, algumas crianças choram e riem ao mesmo tempo. O relaxamento vem depois, como se aquele roçar dos corpos lisos dos botos oferecesse um toque de magia nos meninos e meninas portadores de necessidades especiais ou de doenças, como câncer. É a bototerapia, uma iniciativa inédita feita em Manaus há três anos por um fisioterapeuta que tem uma certeza: quem participa a primeira vez não quer parar mais.
A terapia com o golfinho de rio em seu hábitat natural tem o aval de um veterinário especialista em animais amazônicos, Anselmo Da”Fonseca, de uma bióloga especialista em botos, Vera da Silva, ambos do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa). Participa também uma médica hematologista do Instituto de Hematoterapia do Amazonas (Hemoan), Socorro Sampaio, que acompanha mensalmente à bototerapia pelo menos dez crianças em tratamento de graves problemas, como leucemia.
No atendimento gratuito, também há crianças especiais, com síndrome de Down, hidrocefalia ou má formação genética, encaminhadas por instituições de Manaus. A iniciativa foi apresentada há três anos para esses profissionais pelo fisioterapeuta Igor Simões, que passou seis meses nadando todos os fins de semana com os botos para estimular a interação deles com humanos. Conseguiu a parceria do hotel de selva Ariaú, que uma vez por mês banca a viagem de mais de uma hora até o local onde vivem os botos, além das refeições do grupo.
Autoestima
“O problema é que não temos como trazer mais do que dez crianças e só uma vez por mês”, diz Simões. Em busca de uma licença para uso terapêutico dos botos, que está em avaliação pelo Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Simões conseguiu documento com as assinaturas da médica que trata das crianças, do veterinário e da bióloga. “Depois que começam a participar do projeto, as crianças passam a se alimentar melhor, ficam mais alegres, confiantes e com mais autoestima. Isso tudo ativa seu sistema imunológico”, afirma Socorro.

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Hospital Irmã Dulce pretende implantar terapia com animais

De A Tribuna On-line

A ‘pet terapia’, ou terapia por animais, é um dos projetos de humanização que o Hospital Municipal Irmã Dulce pretende implantar para melhorar a evolução clínica dos pacientes. O projeto está em fase de planejamento e deverá contar a participação do Canil da Guarda Civil Municipal (GCM). A princípio, dois cães estão em análise: Satine, da raça golden retriever, e Brown, um labrador da Guarda Civil Municipal.
A fonoaudióloga Eliane Selma do Valle Blanco, coordenadora do projeto e dona de Satine, explica que a pet terapia consiste em visitas semanais monitoradas de animais a crianças e adultos internados, tanto nos leitos como em outros espaços do hospital. “A presença do animal faz com que as pessoas se sintam mais relaxadas num lugar onde, às vezes, podem se sentir ameaçadas”, destaca.
A terapia pode se desenvolver com outros animais, como gatos e coelhos, apesar do cão ser preferencial no envolvimento com humanos no ambiente hospitalar. “Eles ajudam a diminuir a resistência a tratamentos dolorosos e ao próprio ambiente, que pode parecer hostil. Isso acaba fomentando a recuperação física rápida, entre outros benefícios”, explica a fonoaudióloga, que pesquisa o assunto e procura conhecer experiências de hospitais que promovem o serviço.
Em seu estudo, a técnica encontrou resultados positivos na recuperação não apenas de crianças, mas também de adultos. “Para pacientes psiquiátricos, o animal acaba atuando como um elo entre ele e o mundo”, menciona. “Temos conhecimento de trabalhos com idosos, pacientes com senilidade ou mesmo Alzheimer. Ver aquele animal acaba evocando memórias afetivas, fatos da vida, o que favorece a comunicação”.

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Homenagem aos nossos amigos de quatro patas

APENAS UM CÃO


De vez em quando escuto alguém me dizer: - Pára com isso! É apenas um cão!!!
Ou então...- Mas é muito dinheiro pra se gastar com ele! É apenas um cão.
Estas pessoas não sabem do caminho percorrido, do tempo gasto ou dos custos que significam "apenas um cão".
Muitos dos meus melhores momentos me foram trazidos por " apenas um cão".
Por muitas horas em minha vida, minha única companhia era "apenas um cão". E eu não me senti desprezado.
Muitas de minhas tristezas foram amenizadas por "apenas um cão".
E naqueles dias sombrios, o toque gentil de "apenas um cão" me deu conforto e motivo para seguir em frente.
E se você também é daqueles que pensam que ele é "apenas um cão", com certeza deve entender bem expressões como "apenas um amigo", "apenas um nascer de sol", apenas uma promessa"...
"Apenas um cão" deu a minha vida a verdadeira essência da amizade, da confiança, da pura e irrestrita felicidade.
"Apenas um cão" faz aflorar a compaixão e a paciência que fazem de mim uma pessoa melhor.
Por causa de "apenas um cão", eu me levanto cedo, faço caminhadas e olho com mais amor para o futuro.
Porque pra mim... e pras pessoas como eu... não se trata de "apenas um cão", mas da incorporação de todos os sonhos e esperanças do futuro; das lembranças afetuosas do passado; da pura felicidade do momento presente.
"Apenas um cão" faz brotar o que há de bom em mim e dissolve meus pensamentos e as preocupações do meu dia.
Eu espero que, algum dia, as pessoas entendam que não é "apenas um cão", mas aquilo que me torna mais humano e me permite não ser "apenas um homem"...
Então, da próxima vez em que você escutar a frase "É apenas um cão", apenas sorria para estas pessoas porque elas apenas não entendem...


Texto: Sandra Dee - (tradução: Cris Sousa)

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Pet Terapia realizada com idosos na Itália

Pet Terapia realizada pelo Centro studid el caneit na Itália.

Universidade de Pelotas utiliza cães de rua na Pet Terapia

Segue abaixo um belo exemplo, que mostra que os animais abandonados nas ruas também podem ser cães terapeutas e ajudar na reabilitação de crianças especiais. Para isso, é necessário prepará-los com muito amor e carinho.
Eles também merecem um chance!

Giannina e Napoleão - Cumplicidade é a chave para o sucesso dessa dupla!

Sou dona de um cão da raça boxer, de 3 anos, chamado Napoleão. O Boxer, apesar de sua aparência grande e musculosa, é uma raça com uma índole muito boa, um temperamento tolerante e sociável, se adapta bem em qualquer ambiente, adora crianças e está sempre disposto a todo tipo de brincadeiras. Somos totalmente cúmplices um do outro.

Sempre apoiei ações voluntárias visando arrecadar doações em geral. Quando passei a fazer parte do grupo de voluntários do Projeto Pêlo Próximo fiquei na duvida se estaria preparada para participar de um tipo diferente de doação, doação de tempo e de amor. Decidi tentar, estou aposentada, filhos criados, tempo mais livre e principalmente, de poder compartilhar de uma realidade diferente da minha e tudo isso acompanhada do meu melhor amigo.

O público alvo do Projeto Pêlo Próximo é a fatia da sociedade que infelizmente se encontra um pouco esquecida ou algumas vezes discriminada: idosos, crianças carentes, portadores de necessidades especiais. Logo nas primeiras visitas fomos muito bem recebidos. O cão é o principal responsável, ele abre todas as portas, quebra qualquer resistência, até os mais tímidos ou medrosos acabam sucumbindo ao olhar carinhoso e ao pelo sedoso de um cachorro. As visitas transcorrem num clima de total harmonia, a integração do animal com o visitado é clara e facilmente reconhecida pelo brilho do olhar.


Somos um grupo formado por pessoas comuns, sem uma formação em terapia médica mas com uma vontade enorme de acertar e ajudar. Procuramos fazer uma visita alegre, leve, com brincadeiras adaptadas às necessidades dos visitados , buscando somente o sorriso como resposta. Conversamos, ouvimos muito, aprendemos mais ainda, trocamos experiências, damos um pouquinho do nosso melhor; os animais voltam calmos, sentem que foram úteis, não sentimos o tempo passar. Posso afirmar que ser um voluntário no projeto foi a melhor decisão tomada!!!!!

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Pet Terapia pelo Mundo

Roberta, uma voluntária com um coração enorme!!!

Roberta - Empresária e Psicóloga


Para mim, o “Pêlo Próximo” é um projeto de AMOR. Um projeto que nasceu do amor pelos animais.
Foi observando meus cães que aprendi o significado da palavra ABNEGAÇÃO. Foi por causa deles que nasceu o “insight” de levar um pouco desse AMOR PURO, ABNEGADO, LIVRE DE QUALQUER TIPO DE PRECONCEITO a quem precisa e, principalmente, a quem realmente quer. O principal objetivo do projeto é mostrar que com AMOR TUDO É POSSÍVEL! Que ele está presente em todos os lugares, em todos os gestos, e em todas as criaturas do mundo.
O amor é a chave mestra capaz de abrir os grilhões da alma, de mover montanhas, de vencer os “medos” e provar que o ser humano, quando realmente quer, consegue atingir qualquer meta a que se proponha. Para tanto, só é necessário um pequeno estímulo, no qual o cão, como facilitador de atividades e sentimentos, cumpre sua parte estimulando as pessoas a fazerem exercícios sem que percebam.Os cães que, geralmente, provocam sorrisos por onde passam, despertam também a curiosidade e o afeto das pessoas, fazendo-as se moverem em sua direção.
Esses movimentos variam desde rotação de tronco, extensão e contração muscular ao acariciar e/ou pentear os pêlos dos cães, a jogar bolinha, a segurar algum objeto com finalidade de participar de alguma atividade com o animal entre outras infinitas opções de exercícios que podem ser ofertados por eles (caminhar, correr, brincar de pique-pega, esconde-esconde...).
Existem vários exemplos que podem ser dados, mas o principal a ser dito é que só o animal consegue respostas sensoriais de pessoas especiais, com algum tipo de desordem neurológica (autistas, esquizofrênicos, apáticos, deprimidos, Downs, paralisados cerebrais...), de cadeirantes, idosos e crianças em geral, em fim, de todas as pessoas que sejam ou se sintam de alguma forma excluídas dessa nossa sociedade dita perfeita e, ainda, sem colocação para as pessoas consideradas diferentes.
Por isso me inspiro em meus animais, pois eles não enxergam essa diferença imposta. Essa diferença que, em geral, só é percebida quando se é o objeto da discriminação ou quando ele atinge alguém que lhe é muito caro. Nossos cães estão aí para provar que “fazem a sua parte” auxiliando e atendendo a todos sem nenhum preconceito, com a maior disposição e amor incondicional.

Cão terapia é uma alternativa para amenizar os efeitos do tratamento do câncer.


A presença dos amigos, o apoio da família, a rotina com o trabalho e a manutenção de atividades culturais e de lazer – dentro das limitações de cada um, são instrumentos essenciais para quem enfrenta o tratamento oncológico. Sabe-se, por exemplo, que não basta um bom tratamento e uma equipe médica especializada. É preciso aliar tudo isso a um bom acompanhamento psico-emocional, pois qualquer um reage melhor dessa forma, aumentando suas chances de cura.
No meio disso tudo, uma novidade que à primeira vista pode parecer estranha está ganhando espaço nos principais centros mundiais de tratamento oncológico: a participação de animais no processo. Mais especificamente a cão terapia, alternativa que já começa a mudar a visão de alguns profissionais da área psicológica também no Brasil.Trata-se de uma técnica que utiliza cães treinados e devidamente apropriados para o convívio com pacientes em ambiente hospitalar, permitindo que os doentes brinquem com os animais. Embora pareça uma atividade essencialmente lúdica, a cão-terapia é trabalho científico, cujos resultados são notados a cada sessão. A idéia de complementar o tratamento tradicional com essas terapias pode contribuir para amenizar os severos efeitos do tratamento do câncer.
Afinal, garantir o momento leve de diversão com os animais pode mudar um pouco o “clima” das intermináveis sessões de quimioterapia e radioterapia, tornando-se, no mínimo, uma opção interessante de abreviar dores e sofrimentos. “Ao interagir com os cães os pacientes fazem exercícios físicos muitas vezes sem perceber. Se os levássemos para uma sala de ginástica comum, a resistência poderia ser maior”, afirma o fisioterapeuta Vinicius Fava Ribeiro, indicando outro benefício.
As equipes que vem trabalhando com a cão-terapia são multidisciplinares. Além dos médicos veterinários e adestradores, são formadas por psicólogos, fisioterapeutas, profissionais de educação física, entre outros. Trabalhar o lado emocional, melhorar o humor e estimular o contato físico e a sociabilização são os principais benefícios da atividade. “É uma oportunidade de fazer com que o paciente melhore a sua imunidade e “externe” seus sentimentos, através dos cães”, explica a veterinária Hannelore Fuchs.
As pesquisas com a nova terapia apontam uma redução da pressão arterial, da freqüência cardíaca, da depressão, da dor e uma consequente diminuição de uso de medicação psicotrópica e analgésica, além do estímulo à pratica de atividades físicas. Nos pacientes com câncer a restrição é para quem está imunodeprimido, ou seja, com baixa resistência.
Mas, nesses casos, nem mesmo o contato com outras pessoas é recomendado pelos médicos até que o paciente adquira imunidade suficiente para se auto-proteger do risco de infecções. Em todo caso, a cão-terapia deve ser realizada por equipes profissionais que conhecem bem os cuidados básicos de higiene/assepsia do animal e realizam o controle rigoroso de saúde periódico e dos locais que o animal freqüenta.


Fonte: Portal Sintonia

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Depoimentos de nossos voluntários

A partir de amanhã, iremos postar no blog, depoimentos de pessoas que participam com seus cães do Projeto Pêlo Próximo. Irão contar, suas experiências, alegrias, emoção e sobre o trabalho voluntário realizado nas Instituições.

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Dica de leitura imperdível


Nanquim é um cachorro escritor que, convencido de sua beleza e charme, decidiu contar sua história. Ele foi o escolhido - de uma ninhada de sete filhotes -, pelo Doutor, para morar em uma casa grande e silenciosa, cheia de corredores e alas, onde tudo era branco, e também moravam duas coelhas. Tinha a função de visitar as pessoas que iam e vinham.

Em uma dessas visitas, ele conheceu Maia que, diferente das outras crianças, não correspondia às suas gracinhas. As coelhas lhe contaram que a menina sofria de uma doença grave e corria o risco de morrer. O cão ficou abalado, fugiu da casa para conhecer "o mundo colorido", pois, até então, no seu mundo só havia o branco e o cinza.

Na rua, Nanquim conheceu Gengibre - outro cachorro - que lhe explicou o significado de seu trabalho: Nanquim morava em um hospital que tratava de pessoas com câncer e não era a sua beleza e charme que conquistavam as pessoas, mas o carinho e atenção que dedicava aos doentes.

Texto construído com vários recursos de tipografia e ilustrado com imagens em movimentos que se apropriam das cores para narrar em "duas vozes" a história, cujo conteúdo tem uma proposta inovadora e se abre como alternativa para aqueles que buscam a cura. Nanquim existe! Ele faz parte da equipe de um hospital de Santos (SP) que trabalha com a pet terapia.

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Cães os verdadeiros professores

Esse vídeo mostra o quanto nossos cães são sábios. Depois dizem que eles é que são irracionais. A mensagem é linda demais!

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Cães auxiliam no tratamento de portadores da doença de Alzheimer


Barney, um cão bassé de 1 ano e meio, tem ajudado Léa Teixeira do Val Moura, de 74, a enfrentar os primeiros sinais da doença de Alzheimer. Com distúrbio de memória, ela se esquece, às vezes, de nomes, rostos e datas, mas jamais do cão: “Barney está com fome!”, “Vocês já deram água para ele?”, vai perguntando a senhora que sempre amou os animais.

A ligação de Léa com o cachorro faz parte de um tratamento. O projeto Pet terapia foi implantado pelo geriatra Renato Maia, no Hospital Universitário da Universidade de Brasília (UnB). Chefe do Centro de Medicina do Idoso (CMI) e presidente da Associação Internacional de Gerontologia e Geriatria, ele afirma que “os animais têm lugar de destaque na reabilitação de idosos e, fundamentalmente, na promoção do bem-estar dos mais velhos”.

O projeto durou até o ano passado, para avaliar o impacto de cães na estimulação de pacientes com doença de Alzheimer. Coordenado pela médica veterinária Damaris Rizzo, envolveu, além de Barney, um animal adulto da raça golden retriever, sob rígido controle sanitário e de higiene.

“O cão comparecia às sessões usando um colete com a identificação do CMI, para designar sua função de ´terapeuta´” A despeito de sua docilidade, o animal era mantido sob controle da médica veterinária com uma guia.

Antes do início do programa, de acordo com o geriatra, pacientes e familiares foram questionados sobre a possível concordância com a terapia e a eventual fobia a cães por parte de alguns deles. “Antes da exposição do animal, os pacientes eram avisados do que iria ocorrer. A entrada do cão já era motivo de alegria e de risadas dos participantes. Eles eram convidados a afagar o cão, repetir o nome do animal e falar sobre a coloração da pelagem. Os resultados foram surpreendentes”, explica.

Efeitos

A técnica pode ajudar os pacientes a ativar a memória recente, a mais afetada pela doença. Além de melhorar o humor e estimular o contato físico. A iniciativa – única do gênero no Brasil e recebida com entusiasmo pelo diretor do CMI foi de três veterinárias.

As médicas veterinárias Damaris Rizzo, Esther Odenthal e Renata Guina querem mostrar que com a vacinação em dia e treinamento correto, os cães podem ser uma alternativa a mais no tratamento de várias doenças.

Hoje no Brasil, por exemplo, a única forma de terapia com animais prescrita por médicos é a equoterapia, na qual cavalos são utilizados no auxílio ao tratamento de problemas como autismo ou síndrome de down.

Embasadas por estudos norte-americanos e europeus que mostram os benefícios da pet-terapia no atendimento a pacientes com outros tipos de enfermidades, as veterinárias buscaram parcerias para iniciar o trabalho. Somente o Centro de Medicina do Idoso aceitou o desafio

A terapia realizada com os pacientes portadores de Alzheimer surtiu efeitos imediatos: alguns idosos conseguiram lembrar os nomes dos cachorros ao final de cada sessão; os pacientes chegaram a comentar em casa que havia no hospital dois cachorros, um preto e um branco; o humor e a atenção de todos melhoraram; pacientes antes monossilábicos, em contato com os cães, passaram a conversar mais.

“Os animais quebram a barreira da comunicação e isso é importantíssimo não só para o idoso como para seus familiares”, diz Damaris. O geriatra Renato Maia atesta a melhora: “Observamos diferenças positivas principalmente no aspecto afetivo dos pacientes, que ficaram muito mais contentes”.

Cão terapeuta

Para ser um cão-terapeuta, é preciso cumprir alguns requisitos. O animal deve ser:

– Treinado: o treinamento é o básico, que permite que o cão obedeça aos principais comandos e possa ser facilmente controlado pelo proprietário;
– Dócil: é mais que manso, o animal não pode atacar e deve aceitar vários tipos de manipulação, como o puxar do rabo, das orelhas, carinhos e afagos em qualquer parte do corpo, etc;
– Saudável: o cão deve passar por check up mensal, ser vacinado, estar livre de qualquer doença infectocontagiosa, tomar banho antes da sessão de pet-terapia, além de passar por uma avaliação psicológica para que se verifique se ele é apto a esse tipo de trabalho.


Com informações de Saúde Plena e UnB
Edição: Clarissa Poty

Cão terapia salva paciente de AVC

Vítima de AVC, paciente desenvolve sozinha tratamento baseado em troca de amor com os animais. História de como a doença foi vencida pela cão terapia.

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Cachorros heróis e terapeutas


Smoky, uma Yorkshire Terrier, nasceu em 1943, mas foi encontrada perdida na floresta da Nova Guiné em 1944.
Tudo levava a crer, que ela pertencia aos japoneses, mas ao ser levada à um campo de concentração, não respondia a nenhum comando em japonês, muito menos em inglês.Smoky foi então vendida por US$ 6,44 (dinheiro este, usado nos jogos de poker), ao cabo William A. Wynne, que servia no esquadrão aéreo de reconhecimento fotográfico. A partir deste dia, eles nunca mais se separaram.
Nos dois anos seguinte, Smoky e William participaram juntos de diversas missões, sobrevivendo às duras condições climáticas da floresta da Guiné e Rock Island.

Smoky dormia na tenda jundo com William, em uma mochila preparada para isso e dividiam a ração de comida que lhe era cabida. Ela não recebia comida especial, nem tratamento médico, no entanto, nunca ficou doente.

Smoky realizou doze missões de combate e ganhou oito estrelas de batalha. Ela sobreviveu a cento e cinquenta raids aéreos na Nova Guiné e atravessou um furacão em Okinawa. Ela pulou de uma torre de trinta pés, com um para-quedas especialmente feito para ela. Smoky ainda salvou a vida de William e outros soldados ao longo da guerra.
Nas horas vagas, Smoky aprendeu vários truques e entretia as tropas, truques estes, que depois foram usados nos hospitais para animar os pacientes feridos de guerra. Esta nova missão, lhe garantiu da revista Yank Down Unde o prêmio de "Mascote Campeã do Sudoeste do Pacífico".

Ela se tornou heroina novamente, quando ajudou os engenheiros a construirem a base aérea do Golfo de Lingayen, Luzon. Eles precisavam passar um cabo de telégrafo, por um conduite de setenta pés e penas 8 polegadas de diâmetro, apenas Smoky, com seus 2 kilos, poderia realizar o feito.
Smoky ajudou também em um trabalho de escavação, que iria durar três dias com métodos normais, em apenas algums minutos, sem por em perigo nenhum soldado, nem a missão de transporte dos caças de reconhecimento.Ao voltar para os EUA, Smoky e William, foram saudados como heróis e seus feitos foram divulgados por toda a imprensa, tornando-a famosa pelo país inteiro, tanto que, nos dez anos seguintes, a dupla viajou fazendo apresentações, aparecendo em programas de televisão, divertindo os veteranos de guerra nos hospitais e até estrelando filmes.
Foi erguido um monumento à Smoky em Eastlake Doggy Park, Cleveland, onde diz: "O menor soldado da II Guerra Mundial e o mais famoso cão de guerra". No Dia do Veterano de 2005, uma nova escultura foi criada em Cleveland Metroparks, na Reserva de Rocky River, em Ohio, esculpida por Susan Bahary perpetua uma famosa foto dela, onde ela está sentada dentro de um capacete de guerra.
Segundo investigações do Animal Planet, Smoky foi o primeiro cachorro terapeuta que se tem registro, seu trabalho começou em 1944 no 233º Station Hospital na Nova Guiné, onde ela acompanhava as enfermeiras que cuidavam das vítimas da invasão da Ilha Biak, foram doze anos de serviços prestados nesta área.
Smoky agora virou livro " Yorkie Doodle Dandy" e você pode comprá-lo no Amazon, através deste link: Yorkie Doodle Dandy.


Após a morte de Smoky, seu obituário foi publicado, contando seus feitos. Foi então que Grace Guderian ligou para William e lhe contou, que em 1944 ela trabalhava como enfermeira na Nova Guiné e havia ganho de natal uma Yorkshire de natal, chamada Christmas, mas ela havia perdido a cachorra, bem próxima do local onde Smoky foi encontrada.
Coincidência ou não, Smoky sempre respondia quando ouvia a palavra Christmas...

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Dra. Nise da Silveira a pioneira da terapia animal no Brasil


Nise da Silveira foi uma renomada médica psiquiatra brasileira, aluna de Carl Jung. Dedicou sua vida à psiquiatria e manifestou-se radicalmente contrária às formas agressivas de tratamento de sua época, tais como o confinamento em hospitais psiquiátricos, eletrochoque, insulinoterapia e lobotomia.
Foi uma pioneira na pesquisa das relações emocionais entre pacientes e animais, que costumava chamar de co-terapeutas.
No Brasil, nas décadas de 50 e 60, a psiquiatra junguiana Nise da Silveira utilizou animais na terapia de pacientes internos. Ela percebeu a facilidade com que esquizofrênicos se vinculavam a cães. Em seu trabalho pioneiro com essas pessoas, a médica desenvolveu o conceito de afeto catalisado. Ela parte da idéia de que é importante que o paciente conte com a presença não invasiva de um co-terapeuta que permaneça com o doente, funcionando como ponto de apoio seguro a partir do qual o doente possa se organizar psiquicamente. Após ilustrar exemplos de co-terapeutas humanos, Silveira afirma que animais são “excelentes catalisadores”. Segundo ela, eles “reúnem qualidades que os fazem muito aptos a tornar-se ponto de referência estável no mundo externo”, facilitando a retomada de contato com a realidade.
A aproximação dos internos do Centro Psiquiátrico Pedro II no Rio de Janeiro, começou por acaso quando foi encontrada uma cadelinha abandonada e faminta no terreno do hospital. Silveira tomou-se nas mãos e, percebendo a atenção de um dos internos, perguntou-lhe se gostaria de tomar conta do bichinho “com muito cuidado”. Diante da resposta afirmativa, a psiquiatra deu o nome à cachorrinha de Caralâmpia (personagem da A terra dos meninos pelados de Graciliano Ramos, inspirada em Nise da Silveira). Os resultados terapêuticos da incumbência assumida pelo paciente foram excelentes. Em sua obra, a médica faz referência a outros casos em que ocorrem relações afetivas entre pacientes e animais: Abelardo, paciente temido por sua irritabilidade e força física, assumia postura tranqüila e centrada quando tomava conta de alguns cães e gatos, mostrando-se apto a cuidar deles e investir afeto. Já a paciente Djanira teve sua capacidade criativa como pianista retomada por meio da relação com bichos. Nem sempre, porém as relações eram amistosas. “Os animais recebem também projeções de conteúdos do inconsciente que os tornam alvos de ódio ou temor excessivo”, escreveu a psiquiatra (Sabia Althausen)
Fonte: Psiquiatria geral

terça-feira, 4 de agosto de 2009

PET TERAPIA - ASSOCIAÇÕES E EMOÇÃO


Espécies diferentes costumam despertar variados sentimentos e atitudes, tais como carinho, empatia, cuidado, identificação, hostilidade e medo. Dentre os diferentes aspectos que podem ser mobilizados alguns podem emergir apenas na relação com o animal, sugerindo que sentimentos difíceis de ser vivenciados no mundo humano encontram possibilidade de manifestar-se na relação com os animais.

A forma como cada um lida com as situações vividas com os animais permite uma comunicação de seu mundo interno, valores e sentimentos, revelando aspectos subjetivos. Há situações em que o animal suscita conteúdos mentais das pessoas, tanto por seu simbolismo e pelo que pode representar como também pelos diferentes comportamentos que levam a associações e a experiências emocionais. Em psicoterapia, o contato com bichos pode facilitar a comunicação de conteúdos internos do paciente para psicólogo. O recorte de uma sessão de uma menina que vivia num lar transitório à espera de adoção mostra isso. Em seu primeiro contato com o cão disse à psicóloga que seu avô tinha um cachorro igual, depois parou e emendou: “Na verdade, o cachorro é da minha mãe mas está com meu avô”, evidenciando que em sua família de origem pessoas e animais “são de sua mãe” – mas, assim como a garota, são cuidados por outras pessoas.
Fonte: Psiquiatria Geral

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Cão terapia é uma alternativa para amenizar os efeitos do tratamento do câncer


A presença dos amigos, o apoio da família, a rotina com o trabalho e a manutenção de atividades culturais e de lazer – dentro das limitações de cada um, são instrumentos essenciais para quem enfrenta o tratamento oncológico. Sabe-se, por exemplo, que não basta um bom tratamento e uma equipe médica especializada. É preciso aliar tudo isso a um bom acompanhamento psico-emocional, pois qualquer um reage melhor dessa forma, aumentando suas chances de cura.No meio disso tudo, uma novidade que à primeira vista pode parecer estranha está ganhando espaço nos principais centros mundiais de tratamento oncológico: a participação de animais no processo. Mais especificamente a cão terapia, alternativa que já começa a mudar a visão de alguns profissionais da área psicológica também no Brasil.Trata-se de uma técnica que utiliza cães treinados e devidamente apropriados para o convívio com pacientes em ambiente hospitalar, permitindo que os doentes brinquem com os animais. Embora pareça uma atividade essencialmente lúdica, a cão-terapia é trabalho científico, cujos resultados são notados a cada sessão.A idéia de complementar o tratamento tradicional com essas terapias pode contribuir para amenizar os severos efeitos do tratamento do câncer. Afinal, garantir o momento leve de diversão com os animais pode mudar um pouco o “clima” das intermináveis sessões de quimioterapia e radioterapia, tornando-se, no mínimo, uma opção interessante de abreviar dores e sofrimentos.“Ao interagir com os cães os pacientes fazem exercícios físicos muitas vezes sem perceber. Se os levássemos para uma sala de ginástica comum, a resistência poderia ser maior”, afirma o fisioterapeuta Vinicius Fava Ribeiro, indicando outro benefício. As equipes que vem trabalhando com a cão-terapia são multidisciplinares. Além dos médicos veterinários e adestradores, são formadas por psicólogos, fisioterapeutas, profissionais de educação física, entre outros. Trabalhar o lado emocional, melhorar o humor e estimular o contato físico e a sociabilização são os principais benefícios da atividade. “É uma oportunidade de fazer com que o paciente melhore a sua imunidade e “externe” seus sentimentos, através dos cães”, explica a veterinária Hannelore Fuchs. As pesquisas com a nova terapia apontam uma redução da pressão arterial, da freqüência cardíaca, da depressão, da dor e uma consequente diminuição de uso de medicação psicotrópica e analgésica, além do estímulo à pratica de atividades físicas. Nos pacientes com câncer a restrição é para quem está imunodeprimido, ou seja, com baixa resistência. Mas, nesses casos, nem mesmo o contato com outras pessoas é recomendado pelos médicos até que o paciente adquira imunidade suficiente para se auto-proteger do risco de infecções. Em todo caso, a cão-terapia deve ser realizada por equipes profissionais que conhecem bem os cuidados básicos de higiene/assepsia do animal e realizam o controle rigoroso de saúde periódico e dos locais que o animal freqüenta.
Fonte: Gisele Tamamar / ABCâncer/ ANIMALIVRE

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Por que adotar um animal de estimação faz bem à saúde


por Elisa Kozasa


Atividades Assistidas por Animais (AAA) são atividades informais de interação entre seres humanos e animais; Terapias Assistidas por Animais (AAT) são atividades formais, com objetivos direcionados, com animais que passam a integrar parte de um tratamento"


Desde os primórdios da vida humana, os animais são considerados grandes companheiros, protegendo, tornando o trabalho mais leve, entretendo e sendo fiéis amigos. Mas atualmente, há vários trabalhos científicos mostrando que animais adestrados podem ser co-terapeutas no tratamento de diversos distúrbios humanos.Cavalos por exemplo, são utilizados na reabilitação de pessoas com lesões neurológicas, ajudando a recuperar o equilíbrio e a confiança. Crianças especiais também têm se beneficiado psicologicamente com o contato com esses animais. Estudos mostram que animais de fazenda podem ser utilizados como terapia complementar no tratamento de distúrbios psiquiátricos como: esquizofrenia, desordens de personalidade, ansiedade e depressão. Esses pacientes apresentam melhora nas estratégias de lidar com pessoas e situações.

AAA e TAA
Atualmente há uma distinção entre dois termos: Atividades Assistidas por Animais (AAA) e Terapias Assistidas por Animais (TAA).
AAA envolvem atividades informais de interação entre seres humanos e animais promovendo socialização, motivação, educação, recreação e melhoria na qualidade de vida. Por exemplo: um passeio entre aficcionados por eqüinos. A TAA representam atividades formais, com objetivos direcionados; os animais possuem determinadas características e passam a integrar parte de um tratamento (funcionando como co-terapeutas). Essa última é dirigida por pessoas especializadas.
Por exemplo: cães adestrados para visitar crianças hospitalizadas; o objetivo dessa interação é a redução do estresse da internação. Outro exemplo são os cães-guias para cegos. Existem trabalhos mostrando que pessoas com comprometimentos cardiovasculares, donas de animais de estimação, têm melhor qualidade de vida e menor risco de morte. A clínica Akasaka Animal Hospital em Tóquio possui cães adestrados para auxiliar no tratamento de depressão.

Pais

Às vezes vejo pais preocupados em saber se devem ou não adquirir um animal de estimação para seus filhos. Essa preocupação é válida, pois crianças muito pequenas não têm noção de sua força e de como devem brincar com pequenos animais, em especial filhotes e podem feri-los. É importante nesse caso, supervisionar a brincadeira. Por outro lado, há crianças alérgicas e pode ser que não se adaptem com animais. O ideal seria comprar um animal para uma criança que já tenha um senso de responsabilidade e que não veja o bichinho como um brinquedo novo. Aliás, pode ser bastante educativo, dar a ela responsabilidades no trato, para que ela compreenda que a vida requer cuidados.A escolha do tipo e raça podem ser importantes, para se adaptar ao estilo de vida do dono. Na dúvida, vale consultar um veterinário. No caso de cães, por exemplo, não basta pensar apenas no tamanho, quando se mora em um apartamento. Há raças de cães pequenos e agitados e alguns cães um pouco maiores e tranqüilos, como é o caso do buldogue inglês. Uma opção, quando se dispõe de um espaço não muito restrito é adotar um cão de raça não identificada.

terça-feira, 28 de julho de 2009

TERAPIA ASSISTIDA POR ANIMAIS-TAA



A Terapia Assistida por Animais (TAA) teve origem em 1792 no Retiro de York, na Inglaterra, em uma instituição mental, onde os pacientes participavam de um programa alternativo de comportamento que consistia na permissão de cuidar de animais de fazenda, como reforço positivo. Em 1867, a mesma técnica foi usada com pacientes psiquiátricos numa instituição na Alemanha. Mais tarde, em 1942, terapeutas começam a perceber os benefícios de TAA em pacientes com desordens mentais e físicas.Mas somente na década de 60, foi publicado nos Estados Unidos as primeiras observações cientifica dos benefícios da TAA em pacientes com quadros clínicos psiquiátricos. A partir dos anos 80, relevantes pesquisas cientificas emergem provando o benefício à saúde humana, a partir da interação com animais, espalhando-se rapidamente no Reino Unido, Estados Unidos e na Europa Continental.

No Brasil o interesse pela TAA surge nesta mesma época, mas somente, a partir dos anos 90 são implantados os primeiros Centros de Atendimento de TAA e relevantes estudos científicos são iniciados.

Em setembro de 2000 acontece no Rio de Janeiro a 9ª Conferência Internacional sobre Interações Homem-Animal, despertando o interesse de diferentes profissionais da saúde para atuação e pesquisa cientifica na TAA.

Em maio de 2002 aconteceu o Simpósio Brasileiro de Comunicação em Enfermagem-SIBRACEN-com ênfase em TAA.

Em março de 2005 Jerson Dotti escreve o primeiro livro brasileiro sobre TAA

Adaptação do texto de JOSE GONCALVES HEVERTON 25/11/2005

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Acariciar cachorro pode ajudar doentes do coração


Os índices de ansiedade caíram 24% para os doentes visitados por um cão, caíram 10% para os que receberam a visita de uma pessoa e permaneceram inalterados para os que não receberam nenhuma visita.


Passar alguns minutos acariciando um cachorro pode diminuir a ansiedade de um doente do coração e até mesmo ajudar na recuperação dele durante uma internação hospitalar, disseram pesquisadores dos EUA nesta terça-feira.

A equipe Kathie Cole, enfermeira da Universidade do Centro Médico da Califórnia (EUA) que chefiou o estudo, descobriu que uma visita de 12 minutos de um cachorro ajuda as funções cardíaca e respiratória, diminuindo a pressão pulmonar, reduzindo a produção de hormônios prejudiciais e combatendo a ansiedade.

Os índices de ansiedade caíram 24% para os doentes visitados por um cão, caíram 10% para os que receberam a visita de uma pessoa e permaneceram inalterados para os que não receberam nenhuma visita.

Os cientistas avaliaram 76 pessoas com insuficiência cardíaca internadas em um hospital. Desse grupo, alguns receberam a visita de um cachorro por 12 minutos, outros receberam a visita de um voluntário treinado e outros ficaram sozinhos.

Os efeitos benéficos do contato com o animal foram maiores do que quando os doentes com insuficiência cardíaca receberam a visita de um voluntário ou quando foram deixados sozinhos, afirmaram os cientistas durante um encontro da Associação Americana do Coração.

"Essa terapia justifica que analisemos com seriedade essa opção como uma terapia auxiliar para o caso de pessoas com insuficiência cardíaca. Os cães representam um grande conforto", Cole.

O estresse pode piorar o quadro de um doente cardíaco, mas Cole disse que ninguém tinha até agora avaliado com profundidade se medidas simples de alívio do estresse, como acariciar um animal, poderiam ajudar de tal forma que pudesse ser medida.

Fonte:Reuters